Saúde

10 hábitos para uma boa saúde mental

Oficina da saúde mental

Porque na sociedade actual são cada vez mais as condições ou acontecimentos que perturbam a nossa saúde mental, apresentamos um conjunto de hábitos próprios de indivíduos com uma boa saúde mental, procurando com tal partilhar conhecimentos para a promoção de uma excelente saúde mental.

  •  

    1. Promova o seu auto-conhecimento e não se desvalorize

    Auto-conhecimento e saúde mental

    Por vezes parar para reflectir e realizar uma análise introspetiva (conhecer-se melhor a si próprio, no que respeita aos seus aspectos positivos e negativos) é fundamental para renovar energias psíquicas e pensar mais claramente no futuro e em novas estratégias para melhor lidar com o dia a dia e com situações e obstáculos, por vezes, considerados por nós, praticamente intransponíveis. Adotar uma postura mais optimista e auto-valorizar-se mais, focando essencialmente nas suas virtudes e características positivas em detrimento dos seus aspectos menos positivos, é muito importante para aumentar a sua auto-estima. Em resumo desenvolva mais o seu sentido de auto-compaixão.

     

    Auto-Compaixão

    A auto-compaixão, para diversos autores implica, estar aberto, atento e sensível ao próprio sofrimento – quando este surge em situações de fracasso ou adversidades, procurando não o evitar, gerando antes o desejo de o aliviar e recuperar o próprio bem-estar . Também implica adotar uma postura não-julgadora e compreensiva perante as experiências pessoais – aceitando assim as nossas limitações, imperfeições e dificuldades como fazendo parte da generalidade de uma experiência humana comum, em que muitos outros também agem da mesma forma e passam pelo mesmo (1-4).  A auto-compaixão está negativamente associada com o auto-criticismo, com a depressão, com a ansiedade, com a ruminação, com a supressão de pensamento, com o perfeccionismo neurótico e com a afectividade negativa no geral, estando, por outro lado positivamente associada com a satisfação com a vida, com a felicidade, com inteligência emocional, com a conectividade social, com a sabedoria, com a iniciativa pessoal, com o optimismo, com a curiosidade e exploração, com a agradabilidade, com a extroversão, com a conscienciosidade e com a afectividade positiva no geral (4). A auto-compaixão é também única no seu foco na regulação emocional, pois implica uma postura de Mindfulness em vez de uma sobre-identificação com as emoções negativas (5-8).

     

  • Auto-Estima

    Por seu lado, a auto-estima é entendida como a orientação positiva ou negativa de cada individuo relativamente a si mesmo. Constitui um dos componentes do auto-conceito, que é por sua vez conceptualizado como a totalidade dos pensamentos e sentimentos do individuo com referência a si próprio enquanto objecto (9). Corresponde, assim à valoração intrínseca que o indivíduo faz de si próprio em diferentes situações e acontecimentos de vida, tendo em conta um determinado conjunto de valores por si escolhidos como positivos ou negativos. A autoestima reflete-se, então, na forma como os indivíduos se aceitam a si próprios, valorizam o outro e projetam as suas expectativas (10). Está relacionada ao quanto o sujeito está satisfeito ou insatisfeito em relação às situações vividas, sendo que, quando a sua manifestação é positiva é comumente desenvolvido nos indivíduos uma forte sensação de confiança, competência e valor pessoal (11). É considerada um importante indicador da saúde mental por interferir nas condições afetivas, sociais e psicológicas dos indivíduos, e portanto, na saúde, no bem estar e na qualidade de vida da população em geral (12). Constitui um factor protector que contribui para um comportamento social positivo e para a diminuição do impacto negativo de influencias negativas (13). Está assim associada a com uma boa saúde mental, ajustamento, felicidade, produtividade, coping, sucesso e satisfação (14), apresentando também um importante papel na redução de sintomas depressivos pela diminuição do impacto de pensamentos negativos (15).

    Para além de ser fundamental adotar estratégias que promovam a auto-compaixão e auto-estima, é também de grande importância desenvolver estratégias de auto-conhecimento, sendo neste sentido, muito importante o papel do mindfulness.

     

    Mindfulness

    O mindfulness é definido como a consciência do conhecimento que emerge ao prestar atenção deliberada, no momento presente e sem realizar qualquer juízo valorativo sobre a própria experiência e que permite focar a mente com uma maior consciência/atenção plena, autoconhecimento e redução dos pensamentos automáticos (16-18).

    O recurso ao mindfulness encontra-se incorporado em protocolos de tratamento de várias perturbações psicológicas com o objectivo de intervir em processos mentais que contribuem para a perturbação emocional e para o comportamento maladaptativo (5), sendo que a adoção de estratégias baseadas no mindfulness tem um impacto muito positivo ao nível do bem-estar geral, assim como na redução dos níveis de ansiedade, stresse e depressão, funcionando sobretudo como facilitador de competências de autorregulação ao nível emocional, cognitivo e comportamental do funcionamento (19-20). A sua prática induz uma maior clareza mental, uma maior capacidade de resolução de problemas e a uma maior capacidade de empatia (21), sendo que quando é frequente,  é comum verificar uma redução do nível de stresse, uma maior sensibilidade interpessoal, maior inteligência emocional, menor absentismo, maiores níveis de resiliência, aumento de auto consciência e consciência do outro, desenvolvimento da capacidade de concentração, reforço da capacidade de comunicação, e melhoria dos padrões de sono (22).

    Em contexto de trabalho a pratica de mindfulness apresenta efeitos positivos semelhantes aos resultados de algumas terapêuticas medicamentosas, apresentando um forte contributo na redução do stresse e burnout, e na promoção da capacidade de concentração e relacionamento interpessoaal mais positivo entre os trabalhadores (23).

    Também revisoes de estudos referem o efeito da prática de mindfulness no aumento dos níveis de bem-estar e na diminuição do afecto negativo e sintomas de ansiedade e depressão, melhorias nos níveis de atenção e concentração (24), melhorias nas reacçoes emocionais e reguçao comportamental (25).

    Assim, conheça-se melhor, goste mais de si próprio, não se desvalorize e acima de tudo não se deixe abater por energias, comportamentos e influências negativas.

    2. Promova hábitos de saúde saudáveis

    saúde saudável

    Ter hábitos de saúde saudáveis tais como uma alimentação saudável, utilização de produtos naturais, prática de exercicio fisico e evitar consumir alcool e outras drogas contribui grandemente para melhorar ou pelo menos manter uma boa saúde mental.

     

    Alimentação saudável

    Bognar e Wisner no seu artigo intitulado “Nutrition and Depression: Implications for Improving Mental Health Among Childbearing-Aged Women” (26) referem que existem três mecanismos pelos quais é possivel aumentar efectivamente a saude mental. Primeiro afirma que fazer uma dieta rica em multiplas vitaminas e minerais pode corrigir deficiencias a nivel de nutrientes no organismo que sao responsaveis por uma saude mental pobre. Segundo pela realização de dieta baseada nestes suplementos alimentares em pacientes que apresentam algo tipo de alteraçao ou anomalia metabólica, que pode provocar dificuldades na absorçao de nutrientes, transporte e armazenamentos dos mesmos. Por exemplo outros autores (27) também afirmaram que as pessoas com este tipo de mutações genéticas, tem uma maior necessidade de ácido fólico do que os restantes individuos. Por ultimo o terceiro mecanismo refere-se ao efeito de uma alimentaçao rica em nutrientes na maior eficiência de medicamentos anti-depressivos. Por exemplo alguns estudos (28-29) apontam que a utilização de suplementos ricos em ácidos gordos polisaturados n-3 e em acido fólico contribuem para o aumento da eficacia no tratamento de individuos com resistencia ao tratamento da pertubação depressiva major. Também outros estudos associam o consumo adequados de alimentos saudáveis a um melhor saude mental (30-36) e a redução de problemas cognitivos (37-41).

    Assim uma dieta rica em alimentos vegetais e frutos, como grão, legumes, e frutos frescos sao recomendados. Também são importantes alimentos ricos em antioxidantes (e.g Vitamina A, C e E), acidos gordos polisaturados em Omega 3, vitamina B, D, e minerais como o magnésio, zinco, Selenium, potassio e ferro. Por outro lado é importante evitar o consumo exagerado de alimentos fortes em gorduras, proteina animal, sal e acuçares.

     

    Recurso a Produtos Naturais

    Determinados produtos naturais também contribuem para o melhor funcionamento mental ao produzirem melhorias ao nível de estados de depressão e ansiedade, diminuição de problemas cognitivos e memória, problemas de sono e mesmo proteção cerebral (42-43).

    Ann MacDonald (44), colaboradora da Escola Médica de Harvard, apresentou no blog desta instituição um conjunto de ervas e produtos naturais importantes para uma melhor saúde mental, como os produtos ricos em Ómega 3, a erva St. John’s wort, raiz da maca (maca root) e valeriana. Também o Dr Edward faz referencia a outro conjunto de ervas e produtos naturais, no seu artigo no site Global Healing Center, tais como o Mulungu Bark, Bacopa, Mucuna Pruriens, Rhodiola Rosen, Zizyphus Jujuba, Passionflower, Scutellaria Lateriflora, Kava, Saffron, assim como os Orotatos de Litio e de Zinco.

    É contudo, importante referir que apesar de estes produtors apresentarem benefícios para a saúde mental, também podem apresentar efeitos laterais nocivos, especialmente quando combinados com outros fármacos como antidepressivos e outros, conforme nos refere Ann MacDonald da Escola Médica de Harvard, sendo fundamental consultar um especialista ou médico antes de tomar estes produtos.

    Para um melhor conhecimento dos diversos produtos naturais que influencia a sua saúde mental aconselhamos os sites da Consumer Labs e da Associação Americana de Saúde Mental.

     

    Prática de Actividade Física

    A actividade fisica apresenta um efeito positivo ao nível da depressão, ansiedade, assim como diversos problemas cognitivos e mentais (45-48). A pratica de actividade física também é muito recomendada uma vez que faz parte da promoção da saúde mental, assim como da sua prevenção e manutenção em todas as idades (45). É também responsável pela mediação, regulação e manutenção dos vários processos e mecanismos inerentes aos sistemas de neurotransimissores como os sistemas neuroadrenégicos e serotorinégicos (49). Este ultimo é muito importante para o controlo do estado emocional sendo muito comum deficiência no mesmo estarem associadas à depressão (50).
    A realização de actividade física, especialmente moderada, também está associada a melhorias ao nível da interação social, auto-confiança, sentido de realização, e sensação de segurança (45). Também é comum associar o mesmo à redução de níveis elevados de ansiedade e vulnerabilidade ao stress psicossocial (46, 51), redução de depressão (52-53) e a promoção do bem-estar (50).

    Assim, de modo a evitar problemas do foro mental e promover a sua saude e bem-estar recomenda-se a pratica de algum tipo de actividade fisica, com pelo menos 20/30 minutos, 3 a 5 vezes por semana (46).

     

    Evitar o consumo excessivo de alcool e drogas

    O consumo excessivo ou mesmo a dependencia de alcool pode provocar alterações a nivel cerebral. Dificuldades de aprendizagem, dificuldades de concentração, problemas na perceçao e avaliaçao de situações, problemas no pensamento abstracto, dificuldades na resoluçao de problemas e perdas de memória a curto-prazo são muito patentes em situações de abuso ou dependencia de alcool (54). Também podem verificar-se algumas perturbações psicologicos associadas ao consumo excessivo de alcool como insónias, depressão, pánico, ansiedade, perturbações de personalidade, paranoia, culpa, baixa auto-estima, dificuldades de relacionamento interpessoal (55).

    Quanto ao efeito das drogas este varia consoante o tipo de droga comsumida (Estimulante, depressora ou halucinógenica). Contudo muitas das perturbações psicologicas apresentadas podem aparecer independentemente do tipo de droga. Para obter mais informações aconselhamos a leitura do relatório da MIND (56) e também o artigo da Centro de Monitorizaçao de drogas e adição a drogas.

    3. Reclame menos e faça mais

    Reclamar menos e saúde mental

    De acordo com Guy Winch, Psicólogo que escreveu o livro “Emotional First Aid: Healing rejection, guilt failure and other everyday hurts” o grande problema associado ao acto de reclamar é que o fazemos mais em vez de procurar encarar os problemas e procurar resolve-los. Esquecemo-nos, frequentemente, que na maioria dos casos as nossas reclamações e queixas não resolvem os problemas ou resolvem-nos de forma completamente inefectiva. Também não contribuem em nada para a mudança. Geralmente desilusões e frustrações que não conseguimos resolver tem grande impacto na nossa auto-estima e também ao nível da saúde mental em geral.

    Assim, ainda conforme Guy Winch, tal como determinadas reclamações podem contribui para danificar a nossa saúde mental, também é possível que algumas reclamações quando utilizadas no momento e situação adequadas podem contribuir para a resolução de problemas e como tal também aumentar a nossa auto-estima e auto-confiança.

    Então quando focamos a atenção nos problemas que enfrentamos tendemos a criar e a prolongar estamos emocionais negativos e a desenvolver stress. Por outro lado quando focamos as nossas acções no sentido de nos melhorar a nos próprios e resolver as situações, desenvolvemos um maior sentido de auto-eficácia pessoal que conduz a um estado emocional mais positivo.

    Deste modo concrete-se mais no que pode fazer e trabalhe no sentido de alcançar os seus objectivos e não dramatize nem perca o tempo a reclamar. Reduza aos pensamentos negativos e sejam mais activo e proactivo.

    4. Melhore a qualidade dos seus relacionamentos

    relacionamentos saudáveis e saúde mental

    Um dos aspectos importantes de uma boa saude mental é a capacidade individual para estabelecer relaçoes satisfatórias e duradoiras. Deste modo, fortes relações sociais, assim como um bom suporte social contribui para evitar a ocorrencia de problemas na saude mental, a sua recorrencia, e também para promover uma melhor saude mental, tal como podemos verificar no relatório realizado em 2004 pela Organização Mundial de Saúde ” Promoting Mental Health: Concepts, Emergence Evidence and pratice”.

    Ainda de acordo com este mesmo relatório, determinados aspectos do denominado capital social (consiste nas instituições, redes de suporte social que contribuem para melhorar a qualidade das interaçoes sociais), são bastante importantes para o desenlvolvimento de confiança e de apoio social que determinam melhorias na saude mental.

    Deste modo procure focar-se em melhorar a qualidade dos seus relacionamentos, não se concentrando apenas na sua quantidade. Tal como o velho ditado diz “Poucos mas bons”.

    5. Despenda menos tempo nas redes sociais e socialize mais pessoalmente

    Menos facebook e mais socialização

    O recurso abusivo às redes sociais virtuais é comummente denominado de adição a internet, que é um comportamento caracterizado pelo uso problemático e disfuncional da Internet envolvendo, que leva a preocupações excessivas não controladas – Uso impulsivo – Prejuízos e dificuldades biológicas, psicológicas e sociais para o indivíduo (57).

    Um dos maiores especialistas na área da adição a internet – Kimberly Young- classifica este comportamento em ciber-sexo (uso abuso de conteúdos adultos online), ciber-relacionamentos (sobreenvolvimento em relacionamentos virtuais), compulsões online (apostas obsessivas pela internet), sobregarca de informação (uso generalizado compulsivo da internet ou pesquisa em bases de dados) e adição aos videojogos (uso obsessivo de videojogos). A adição a internet apresenta variadas consequências, a sua maioria ao nível da saúde mental, como a maior incidência de sintomas depressivos (58), transtorno de bipolaridade (59), ansiedade social (60), funcionamento familiar problemático e satisfação com a vida reduzida (61), problemas emocionais (62), desempenho escolar reduzido (63), solidão (generalizada) e solidão Social (64) e actividade física reduzida (65).

    Assim considerando toda esta problemática, considere e valorize mais os seus relacionamentos reais e pessoais, e socialize e conviva mais, que estará a contribuir para melhorar o seu bem-estar e saúde mental.

     

     

    6. Sorria mais e não leve a vida tão a sério

    Sorrir e saude mental

    O sorriso é considerado um importante mecanismo de coping para lidar com problemas ou situações menos positivas. Também é muito importante para o fortalecimento das relaçoes interpessoais. Sorrir e fazer sorrir contribui muito para um melhor processo de socialização.

    Algumas investigações referem diversos efeitos psicológicos do actor de rir e sorrir, tais como a redução do stress, ansiedade, tensao e irritabilidade, e diminuiçao de sintomas de depressão. Também contribui para melhorar a auto-estima, sentido de esperança, energia e vigor. Em termos cognitivos potencia a memória, o pensamento criativo, e a maior capacidade de resolução de problemas. Em termos sociais é responsável por melhorias nas relaçoes interpessoais, atratividade, proximidade e também por aumentar o sentido de amizade, construçao de identidade de grupo, coesão e solidariedade. Ao nivel do bem-estar apresenta grande efeito no bem-estar psicológico e na qualidade de vida. Por ultimo também leva ao aumento da felicidade e alegria e é extremamente «contagioso» (66-68).

    Deste modo,  não leve a sua vida tanto a sério, ou pelo menos apenas o necessário, socialize mais e divirta-se com amigos e acima de tudo participe em actividades que o façam rir. Assista também a bons filmes e séries de humor, assim como stand-up comedys.

    7. Durma melhor

    Sono saudável e saude mental

    O sono é bem fundamental e essencial para todo o tipo de seres vivos. O sono é uma necessidade básica, tal como comida e água, sendo porém um acto involuntário, tal como o acto de respirar (69).

    Os problemas de sono podem verificar-se de diferentes formas, como a capacidade muito reduzida de dormir ou insónias, sono excessivo e alterações graves dos ritmo circadiano (70). A privaçao do sono apresenta assim grandes consequencias, como a capacidade de se manter acordado e desperto, forte deteriorizaçao da performance, e problemas cognitivos graves (71-73).

    Esta privação apresenta diferentes consequências a nível físico, mental, comportamental e na performance, conforme a tabela abaixo. efeitos dos problemas de sono

    Também outras investigações relacionam de modo positivo os problemas de sono com a depressão (70,74). Por outro lado há também uma relação entre o bem-estar e a melhor qualidade de vida com menores problemas de sono (75) e melhor qualidade do sono (76).

    Assim é muito importante uma boa higiene do Sono, que é um conjunto de processos e práticas comportamentais que promovem uma quantidade sono suficiente, uma boa qualidade, e um dia com um estado de alerta adequado. Estes comportamentos estão associados a outros comportamentos como a gestão do tempo e dos timings do sono, alimentação adequada, e estabelecimento de um ambiente propicio para um bom sono (77-80).

     

  •  

     8. Aproveite melhor os tempos de lazer

    Momentos de Lazer para melhora a saúde mental

    As actividades de lazer estão muito relacionadas com os indicadores de boa saude mental e melhor qualidade de vida (81-86). Alguns estudos mais recentes referem que a falta de participação em actividades comunitarias e/ou lazer também contribui para aumentar o stress psicológico (87-89). também existem forte indicações que as actividades de lazer contribuem para a diminuição do stress (90-92) e melhoria dos sintomas de ansiedade e depressão, e do humor (93-95).

    O envolvimento intenso em determinadas actividades, a clareza de objectivos e feedback nas actividades, elevada concentração, transcendência do self, esperiencia intrinsenca de recompensa (auto-realizaçao) e equilíbrio entre desafio e habilidade são importantes factores responsáveis pelo prazer retirado de actividades de lazer (90).

    Então, faça mais pelos seus tempos livres e de lazer. Organize convívios com os amigos, pratique actividade física, leia um bom livro ou assista a uma boa série ou filme, participe em eventos culturais, e acima de tudo descanse e relaxe. Viva mais e goze mais!!!!

     

    9. Tenha pensamentos positivos

    pensamento positivo e saúde mental

    As emoções positivas podem contribuir para controlar ou mesmo anular os efeitos adversos de situações e experiências negativas através da redução de estados reactivos de stress, devolvendo o equilíbrio corporal (96-98).

    Deste modo os indivíduos que apresentem traços emocionais positivos possuem um conjunto de características disposicionais positivas tais como criatividade, coragem, ousadia, perseverança, bondade e optimismo, que bem cultivadas, podem aumentar a resiliência, a capacidade de lidar e enfrentar adversidades e mesmo perturbações psicológicas e promover a saúde mental (99).

    Um dos mais importantes factores cognitivos que pode contribuir para reduzir sintomas de perturbação psicológica é a adoção de pensamentos positivos . Alguns estudos referem mesmo que este tipo de pensamento apresenta grande efeito na promoção da auto-estima e na redução da sintomatologia depressiva (100-101). Por exemplo outras investigações (102-103) permitiram concluir que a crença positiva na capacidade de lidar e relacionar-se adequadamente com os outros contribui para melhorar a satisfação com a vida, auto-estima e disposição optimista, através da adoção de pensamentos positivos.

    Assim, procure adotar um pensamento positivo diariamente, no sentido de melhor lidar e enfrentar situações mais negativas e stressantes, e melhor significativamente a sua saúde mental.

     

     

    10. Controle e reavalie as suas emoções e sentimentos negativos

    Stress/irritabilidade e saúde mental

    A existência de emoções negativas assim como dificuldades na sua regulação, geram diversas situações associadas ao stress, ansiedade, depressão entre outras perturbações psicopatológicas. Deste modo é fundamental regular de forma adequada e positiva estes estamos emocionais negativos que só servem para alterar negativamente a nossa saúde mental. Assim estratégias como a reavaliação cognitivas e a aceitação de alguma situações e emoções negativas em detrimento da sua simples supressão constituem importantes técnicas para uma regulação emocional mais positiva.

    A aceitação constitui uma importante forma de regulação emocional no sentido de promover a saude mental ao reduzir o impacto estímulos negativos através do foco em objectivos e metas a atingir e a melhor forma de o conseguir, definindo nos indivíduos um compromisso pessoal. Contudo refere que a aceitação não é apenas aceitar sentimentos ou emoçoes negativas que causa stress psicológico, mas antes tomar consciência desses mesmos estados e procurar reavalia-los, de modo a verificar quais são os seus efeitos negativos na saude mental e as desvantagens que apresentam (104). Alguns estudos já confirmaram a relação entre esta aceitação e reavaliação cognitiva e a diminuição estados afectivos negativos e depressivos (105-108) e também com a maior capacidade de ajustamento intra e interpessoal (105, 107).

    Assim a crença positiva que os individuos apresentam na sua capacidade para modificar os seus estados emocionais negativos prediz reduçoes ao nivel da sintomatologia depressiva (109) e o maior desenvolvimento de estados emocionais positivos e melhor saude mental (110), enquanto que a simples supressão emocional e a nao aceitaçao/reavaliaçao cognitiva leva a estados emocionais negativos em geral (110) e sintomas depressivos (104-108).

    Posto isto, concentre-se em pensar e avaliar os seus estados emocionais e também nas suas capacidades de dar a volta a situaçoes negativas, não se focando unica e simplesmente em procurar suprimir e esquecer os mesmos e na impossibilidade de ultrapassar os obstáculos. Pense e aja positivamente.

     

  •  

    Referências Bibliográficas

    1 – Neff, K. D. (2003). Self-compassion: An alternative conceptualization of a healthy attitude toward oneself. Self and Identity, 2, 85-101.
    2 – Neff, K. D. (2004). Self-compassion and psychological well-being. Constructivism in the Human Sciences, 9, 27-37.
    3 – Neff, K. D., Rude, S. S., & Kirkpatrick, K. L. (2007). An examination of self-compassion in relation to positive psychological functioning and personality traits. Journal of Research in Personality, 41, 908-916.
    4 – Neff, K. D., Pisitsungkagarn, K., & Hsieh, Y. (2008). Self-compassion and self-construal in the United States, Thailand, and Taiwan. Journal of Cross-Cultural Psychology, 39, 267-285.
    5 – Bishop, S., Lau, M., Shapiro, S., Carlson, L., Anderson, N., Carmody, J., Segal, Z., Abbey, S., Speca, M., Velting, D., & Devins, G. (2004). Mindfulness: a Proposed Operational Definition. Clinical Psychology: Science and Practice, 11(3), 230-241.
    6 – Brown, K., & Ryan, R. (2003). The Benefits of Being Present: mindfulness and its role in psychological well-being. Journal of Personality and Social Psychology, 84(4), 822-848.
    7 – Hayes, S. (2004). Acceptance and Commitment Therapy and the New Behavior Therapies. In S. Hayes & V. Follette & M. Linehan (Eds.), Mindfulness and Acceptance: Expanding theCognitive-Behavioral Tradition, 1-29. New York: Guilford Press
    8 – Shapiro, S., & Schwartz, G. E. (2005). The role of intention in self-regulation: Toward intentional systemic mindfulness. In M. Boekaerts, P. R. Pintrich & M. Zeidner (Eds.), Handbook of self-regulation (pp. 253-273). San Diego, CA: Academic Press. Shapiro, S., Carlson, L., Astin, J. A., & Freedman, B. (2006). Mechanisms of mindfulness. Journal of Clinical Psychology, 62, 373-386.
    9 – Rosenberg, M. (1989). Society and the adolescent self-image. Revised edition. middletown: Wesleyan university Press.
    10. Schultheisz TSV, Aprile MR. (2013). Autoestima, conceitos correlatos e avaliação. Rev Equil Corp Saúde Disponivel em http://www.pgsskroton.com.br/seer/index.php/reces/article/view/22/19
    11 – Hutz, C. & Zanon, C. (2011). Revisão da adaptação, validação e normatização da escala de autoestima de Rosenberg: Revision of the adaptation, validation, and normatization of the Roserberg selfesteem scale. Aval. psicol., Porto Alegre, 10 (1)
    12 – Sanchez, E. & Barrón, A. (2003). Social Psychology of Mental Health: The social estruture and personality perspective. The Spanish Journal of Psychology, 6 (1), 3-11. Disponivel em https://www.researchgate.net/publication/10744915_Social_Psychology_of_Mental_Health_The_Social_Structure_and_Personality_Perspective
    13 – Mann, M., Hosman, C. M. H., Schaalma, H. P., & de Vries, N. K. (2004). Self-esteem in a broad-spectrum approach for mental health promotion. Theory & Practice, 19, 357-372.
    14 – Baumeister, R. F., Campbell, J. D., Krueger, J. I., & Vohs, K. D. (2003). Does high self-esteem cause better performance, interpersonal success, happiness, or healthier lifestyles? Psychological Science in the Public Interest, 4, 1-44.
    15 – Orth, U., Robins, R. W., & Meier, L. L. (2009). Disentangling the effects of low self-esteem and stressful events on depression: Findings from three longitudinal studies. Personality Processes and Individual Differences, 97, 307- 321.
    16 – Brefczynski-Lewis, J.A., Lutz, A., Schaefer, H.S., Levinson, D.B., Davidson, R.J. (2007). Neural correlates of attentional expertise in long-term meditation practitioners. Proc. Natl. Acad. Sci. U. S. A. 104, 11483–11488.
    17 – Brown, K. W., & Ryan, R. M. (2003). The benefits of being present: The role of mindfulness in psychological well-being. Journal of Personality and Social Psychology, 84, 822–848
    18 – Shapiro, S. L., Schwartz, G. E., & Santerre, C. (2005). Meditation and positive psychology. In C. R. Snyder & S. J. Lopez, Handbook of positive psychology (pp. 632-645). New York: Oxford USA Trade.
    19 – Baer RA, Smith GT, Hopkins J, Krietemeyer J, Toney L. (2006). Using self-report assessment methods to explore facets of mindfulness. Assessment, 13, 27–45
    20 – Kristeller JL, Hallett CB. (1999). An exploratory study of a meditation-based intervention for binge eating disorder. Journal of Health Psychology, 4 357-363.
    21 – Viana, C.R. e De Sousa, C. (2011). Qualidade de Vida no Trabalho: A Complementaridade do Mindfulness. Universidade de Évora Acedido em http://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/4820/1/RamosViana_C._DeSousa_C._Interface sPsicologia2011.pdf
    22 – Chaskalson, M. (2011). The Mindful Workplace. UK: Wiley-Blackwell
    23 – Viera, E.S. (2011). Investor sentiment and the market reaction to dividend news: European evidence, Managerial Finance, 37 (12), 1213 1245, https://doi.org/10.1108/03074351111175100
    24 – Sedlmeier, P., Eberth, J., Schwarz, M., Zimmermann, D., Haarig, F., Jaeger, S., et al. (2012). The psychological effects of meditation: A meta-analysis. Psychological Bulletin, 138(6), 1139–1171. http://dx.doi.org/10.1037/a0028168
    25 – Keng, S.L., Robbins, C., Smoski, M., Dagenbach, J. (2013). Reappraisal and Mindfulness: a comparison of subjective effects and cognitive costs. Beh Res Ther, 51 (12), 899-904, doi:10.1016/j.brat.2013.10.006.
    26 – Bodnar, L. M & Wisner, K. L. (2005). Nutrition and Depression: Implications for Improving Mental Health among Childbearing-Aged Women. Biological Psychiatry, 58, 679–685
    27 – De Bree A, Verschuren WM, Bjorke-Monsen AL, van der Put NM, Heil SG, Trijbels FJ et al. (2003). Effect of the methylenetetrahydrofolate reductase 677C → T mutation on the relations among folate intake and plasma folate and homocysteine concentrations in a general population sample. Am J Clin Nutr 77, 687-693.
    28 – Alpert JE, Mischoulon D, Rubenstein GE, Bottonari K, Nierenberg AA, Fava M. (2002). Folinic acid (Leucovorin) as an adjunctive treatment for SSRI-refractory depression. Ann Clin Psychiatry, 14, 33-38.
    29 – Peet M, Horrobin DF. (2002). A dose-ranging study of the effects of ethyl-eicosapentaenoate in patients with ongoing depression despite apparently adequate treatment with standard drugs. Arch Gen Psychiatry, 59, 913-919.
    30 – A.K. Forsyth, P.G. Williams, F.P. Deane. (2011). Nutrition status of primary care patients with depression and anxiety. Australian Journal of Primary Health, 18, 172-176
    31 – M.-A. Munoz, M. Fito, J. Marrugat, M.-I. Covas, H. Schroder (2009). And on behalf of the REGICOR and HERMES investigators, Adherence to the Mediterranean diet is associated with better mental and physical health. British Journal of Nutrition, 101, 1821-1827.
    32 – A. Sanchez-Villegas, P. Henriquez, M. Bes-Rastrollo, J. Doreste (2009). Mediterranean diet and depression. Public Health Nutrition, 9, 1104-1109.
    33 – F.N. Jacka, A. Mykletun, M. Berk, I. Bjelland, G.S. Tell. (2011). The association between habitual diet quality and the common mental disorders in community-dwelling adults: The Hordaland Health Study, Psychosomatic Medicine, 73, 483-490.
    34 – F.N. Jacka, J.A. Pasco, A. Mykletun, et al. (2011). Diet quality in bipolar disorder in a population-based sample of women. Journal of Affective Disorders, 129, 332-
    337.
    35 – F.N. Jacka, J.A. Pasco, A. Mykletun, et al. (2010). Association of western and traditional diets with depression and anxiety in women, The American Journal of Psychiatry, 167, 305-311.
    36 – W.H. Oddy, M. Robinson, G.L. Ambrosini, et al. (2009). The association between dietary patterns and mental health in early adolescence. Preventive Medicine, 49, 39-44
    37 – F. Sofi, F. Cesari, R. Abbate, et al. (2008). Adherence to Mediterranean diet and health status: a meta-analysis. BMJ, 337, a1344.
    38 – F. Panza, V. Solfrizzi, A.M. Colacicco, et al. (2004). Mediterranean diet and cognitive decline, Public Health Nutrition, 7, 959-963.
    39 – N. Scarmeas, Y. Stern, M.-X. Tang, R. Mayeux, J.A. Luchsinger (2006). Mediterranean diet and risk for Alzheimer’s disease. Annals of Neurology, 59, 912-921.
    40 – N. Scarmeas, Y. Stern, R. Mayeux, J.J. Manly, N. Schupf, J.A. Luchsinger (2009). Mediterranean diet and mild cognitive impairment. Archives of Neurology, 66, 216-225.
    41 – Y. Gu, J.W. Nieves, Y. Stern, J.A. Luchsinger, N. Scarmeas, Food combination and Alzheimer disease risk: A protective diet, Archives of Neurology 67 (2010) 699-706.
    42 – Parletta, N., Milte, C. & Meyer, B. (2013). Nutritional modulation of cognitive function and mental health. Journal of Nutritional Biochemistry, 24 (5), 725-743
    43 – Vartesian, T. & Lavretsky, H. (2015). Natural products and supplements for geriatric depression and cognitive disorders: An evaluation of the research. Curr Psychiatric Rep, 16 (8), doi:10.1007/s11920-014-0456-x.
    44 – MacDonald, A. (2015). Some natural therapies may be safe, effective for mental health. Disponivel em https://www.health.harvard.edu/blog/some-natural-therapies-may-be-safe-effective-for-mental-health-201106202878
    45- Mason OJ, Holt R. (2012). Mental health and physical activity interventions: a review of the qualitative literature. J Ment Health, 21, 274-284.
    46 – Callaghan P. (2004). Exercise: a neglected intervention in mental health care? JPsychiatr Ment Health Nurs, 11, 476-483.
    47 – Biddle SJ, Asare M. (2011). Physical activity and mental health in children and adolescents: a review of reviews. Br J Sports Med, 45, 886-895.
    48 – Penedo FJ, Dahn JR. (2005). Exercise and well-being: a review of mental and physical health benefts associated with physical activity. Curr Opin Psychiatry, 18, 189-193.
    49 – Dishman RK. (1997). Brain monoamines, exercise, and behavioral stress: animal models. Med Sci Sports Exerc, 29, 63-74.
    50 – Cowen, P. & Browning, M. (2015). What has serotonin to do with depression? World Psychiatry: Official Journal of the World Psychiatric Association (WPA), 14 (2), 158–60. http://doi.org/10.1002/wps.20229
    51 – Smits JA, Tart CD, Rosenfield D, Zvolensky MJ. (2011). The interplay between physical activity and anxiety sensitivity in fearful responding to carbon dioxide challenge. Psychosom Med, 73, 498-503.
    52 – Knochel C., Oertel-Knochel V., O’Dwyer L., Prvulovic D., Alves G., Kollmann B., et al. (2012). Cognitive and behavioural effects of physical exercise in psychiatric patients. Prog. Neurobiol. 96, 46–68 doi:10.1016/j.pneurobio.2011.11.007
    53 – Mota-Pereira, J., Silverio, J., Carvalho, S., Ribeiro, J. C., Fonte, D., & Ramos, J. (2011). Moderate exercise improves depression parameters in treatment- 73 resistant patients with major depressive disorder. Journal of Psychiatric Research, 45 (8), 1005–11. doi:10.1016/j.jpsychires.2011.02.005
    54 – Melillo, K. & Houde, S. (2011). Geropsychiatric and Mental Health Nursing. Sudbury, MA: Jones & Bartlett Learning
    55 – Havio, M., Inkinen, M. & Partanen, A. (2013). Päihdehoitotyö. Helsinki: Sanoma Pro.
    56 – MIND (s,d). Understanding mental health effects of recreational drugs and alcohol. Disponível em https://www.mind.org.uk/media/5274202/understanding-drugs-and-alcohol.pdf
    57 – Weinstein, A., Feder, L. C., Rosenberg, K. P., & Dannon, P. (2014). Internet Addiction Disorder: Overview and Controversies. In K. P. Rosenberg & L. C. Feder (Eds.), Behavioral Addictions (pp. 99-117). San Diego: Academic Press.
    58 – Pontes, H. M., Patrão, I. M., & Griffiths, M. D. (2014). Portuguese validation of the Internet Addiction Test: An empirical study. Journal of Behavioral Addictions, 3 (2), 107-114.
    59 – Wölfling, K., Beutel, M. E., Dreier, M., & Müller, K. W. (2015). Bipolar spectrum disorders in a clinical sample of patients with Internet addiction: Hidden comorbidity or differential diagnosis? Journal of Behavioral Addictions, 4(2), 101-105. doi:10.1556/2006.4.2015.011
    60 – Weinstein, A., Dorani, D., Elhadif, R., Bukovza, Y., & Yarmulnik, A. (2015). Internet addiction is associated with social anxiety in young adults. Annals of Clinical Psychiatry, 27(1), 2-7.
    61 – Wartberg, L., Kriston, L., Kammerl, R., Petersen, K. U., & Thomasius, R. (2015). Prevalence of Pathological Internet Use in a Representative German Sample of Adolescents: Results of a Latent Profile Analysis. Psychopathology, 48 (1), 25-30.
    62 – Strittmatter, E., Parzer, P., Brunner, R., Fischer, G., Durkee, T., Carli, V., Kaess, M. (2015). A 2-year longitudinal study of prospective predictors of pathological Internet use in adolescents. European Child and Adolescent Psychiatry, 1-10.
    63 – Jiang, Q. (2014). Internet addiction among young people in China: Internet connectedness, online gaming and academic performance decrement. Internet Research, 24(1), 2-19.
    64 – Pontes, H. M., & Griffiths, M. D. (2015). New concepts, old known issues: The DSM-5 and Internet Gaming Disorder and its assessment. In J. Bishop (Ed.), Psychological and Social Implications Surrounding Internet and Gaming Addiction (pp. 16-30). Hershey, PA: Information Science Reference
    65 – Piguet, C., Berchtold, A., Akre, C., & Suris, J.-C. (2015). What keeps female problematic internet users busy online? European Journal of Pediatrics, 1-7.
    66 – Scholl, J.C. & Ragan, S.L. (2003). The use of humor in promoting positive provider-patient interactions in a hospital rehabilitation unit. Health Commun, 15, 319-330
    67 – Gelkopf, M., Gonen, B., Kurs, R., Melamed, Y. & Bleich, A. (2006) The effect of humorous movies on inpatients with chronic schizophrenia. J. Nerv. Ment. Dis., 194, 880-883
    68 – Arminen, I. & Halonen, M. (2007) Laughing with and at Patients: the Roles of Laughter in Confrontations in Addiction Group Therapy. The Qualitative Report, 12, 484-513.
    69 – Cirelli, C. Tononi, G. (2008). Is sleep essential? PLoS Biol 6 (8): e216.
    70 – Alvaro, P. K., Roberts, R. M., & Harris, J. K. (2013). A systematic review assessing bidirectionality between sleep disturbances, anxiety, and depression. Sleep, 36, 1059–1068.
    71- Cajochen, C. Khalsa, S.B. Wyatt, J.K. Czeisler, C.A. Dijk, D.J. (1999). EEG and ocular correlates or circadian melatonin phase and human performance decrements during sleep loss. Am. J. Physiol. 277, 640-649.
    72 – Van Dongen, H.P. Maislin, G. Mullington, J.M. Dinges, D.F. (2003). The cumulative cost of additional wakefulness: dose-response effects on neurobehavioural functions and sleep physiology from chronic sleep restriction and total sleep deprivation. Sleep, 26, 117-126.
    73 – Blenky, G. Wesensten, N.J. Thorne, D.R. Thomas, M.L. Sing, H.C. et al. (2003). Patterns of performance degradation and restoration during sleep restriction and subsequent recovery: a sleep dose response study. J. Sleep Res, 12, 1-12
    74 – Lovato, N., & Gradisar, M. (2014). A meta-analysis and model of the relationship between sleep and depression in adolescents: Recommendations for future research and clinical practice. Sleep Medicine Reviews, 18, 521–529. http://dx.doi.org/10.1016/j.smrv.2014.03.006
    75 – Steptoe, A., O’Donnell, K., Marmot, M., & Wardle, J. (2008). Positive affect, psychological well-being, and good sleep. Journal of Psychosomatic Research, 64, 409–415. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpsychores.2007.11.008
    76 – Hanson, B. L., & Ruthig, J. C. (2012). The unique role of sleep quality in older adults’ psychological well-being. Journal of Applied Gerontology, 31, 587–607. http://dx.doi.org/10.1177/0733464810392226
    77- Gellis, L. A., & Lichstein, K. L. (2009). Sleep hygiene practices of good and poor sleepers in the United States: An internetbased study. Behavior Therapy, 40(1), 1–9. http://dx.doi.org/10.1016/j.beth.2008.02.001
    78 – Kor, K., & Mullan, B. (2011). Sleep hygiene behaviours: An application of the theory of planned behaviour and the investigation of perceived autonomy support, past behaviour and response inhibition. Psychology & Health, 26, 1208–1224.
    79 – LeBourgeois, M. K., Giannotti, F., Cortesi, F., Wolfson, A. R., & Harsh, J. (2005). The relationship between reported sleep quality and sleep hygiene in Italian and American adolescents. Pediatrics, 115, 257–265.b http://dx.doi.org/10.1542/peds.2004-0815H
    80 – Stepanski, E., & Wyatt, J. (2003). Use of sleep hygiene in the treatment of insomnia. Sleep Medicine Reviews, 7, 215–225. http://dx.doi.org/10.1053/smrv.2001.0246
    81 – Hersch, G. (1990). Leisure and aging. Phys Occup Ther Ger, 9, 55-78.
    82 – Wearing, B. (1989). Leisure, unpaid labor, lifesyles and the mental health
    83 – Ragheb, C, McKinney, J (1993). Campus Recreation and perceived academic stress. J Coll Stud Dev, 5, 5-10.
    84 – Bevil, C, Connor, P., Mattoni (1993). Leisure activity, life satisfaction and perceived health status in older adults. Gerontology Geriatri Educ, 14, 3-19
    85 – Jeffres. L. & Dobos, J (1993). Perceptions of leisure opportunies and the quality of life in a metropolitan area. J Leis Res, 25, 203-217.
    86 – Tinsley, H. Tea, J. & Colbs, S (1985). A system of classifying leisure activities in terms of psychological benefits of participation reported by older persons. J Gerontol, 40 (2), 72-78.
    87- Honda, H., Ueki, S., Okada, T., et al., (2010). Relationships between participation in community activities and psychosocial and physical health of community-dwelling elderly. Nihon Koshu Eisei Zasshi (Jpn. J. Public Health) 57, 968–976
    88 – Kuriyama, S., Nakaya, N., Ohmori-Matsuda, K., et al., (2009). Factors associated with psychological distress in a community-dwelling Japanese population: the Ohsaki cohort 2006 study. J. Epidemiol. 19, 294-302
    89 – Toyoshima, M., Kaneko, Y. & Motohashi. (2016). Leisure-time activities and psychological distress in a suburban community in japan. Preventive Medicine Reports, 4, 1-5. Disponível em http://dx.doi.org/10.1016/j.pmedr.2016.04.007 .
    90 – Coleman, D. (1993). Leisure based social support, leisure dispositions and health. J Leis Res, 25, 350-361
    91 – Caltabiano, M. (1995). Main and Stress-moderating health benefits of leisure. Soc and Leis. 18, 33-52.
    92 – Iso-Ahola, S. & Park, C. (1995). Leisure-related social support and self-determination as buffers of stress-illness relationship. J Leis Res, 28, 169-187.
    93 – Ponde, M. & Santana, V. (2000). Participation in leisure activities: is it a protective factor of women´s mental health. J Leis Res, 32 (4), 457-472.
    94 – Iso-Ahola, S. & Crowley, E. (1991). Adolescent substance abuse and leisure boredom. J Leis Res, 23 (3), 260-271.
    95 – Iso-Ahola, S & Weissinger, E. (1990). Perceptions of boredom in leisure: conceptualizacion, reability, and validity of the leisure boredom scale. J Leis Res, 22 (1), 1-17.
    96. Fredrickson BL. (2001). The role of positive emotions in positive psychology. Am Psychol., 56(3), 218-226
    97. Fredrickson BL, Levenson RW. (1998). Positive emotions speed recovery from the cardiovascular sequelae of negative emotions. Cogn Emot, 12 (2), 191-220.
    98. Fredrickson BL, Mancuso RA, Branigan C, Tugade M. (2000). The undoing effect of positive emotions. Motiv Emot, 24 (4), 237-258
    99. Seligman, M. (2002). Authentic Happiness. New York, NY: Free Press
    100. Walker L, & Rowling L (2002). Debates and confusion, collaboration, and emerging practice. In: Rowling L, Martin G, Walker L, eds. Mental Health Promotion and Young People: Concepts and Practice. Sydney, Australia: McGraw-Hill; 4-10.
    101. Russell-Mayhew, S. (2006). Key concepts from health promotion evaluations: what psychology needs to know. Int J Adv Couns, 28(2), 167-182
    102. Linley, P & Joseph, S. (2005). Applied positive psychology: a new perspective for professional practice. In: Linley PA, Joseph S, eds. Positive Psychology in Practice. Hoboken, NJ: John Wiley & Sons; 2004:3—14. 23. Gable SL, Haidt J. What (and why) is positive psychology? Rev Gen Psychol, 9 (2), 103-110.
    103. Gable, S. & Haidt, J. (2005). What (and why) is positive psychology? Rev Gen Psychol, 9 (2), 103-110.
    104 – Hayes, S. C., Strosahl, K. D., & Wilson, K. G. (1999). Acceptance and Commitment Therapy: An experiential approach to behavior change. New York: The Guilford Press
    105 – Campbell-Sills, L., Barlow, D. H., Brown, T. A., & Hofmann, S. G. (2006). Effects of suppression and acceptance on emotional responses of individuals with anxiety and mood disorders. Behaviour Research and Therapy, 44, 1251–1263.
    106 – ldao, A, Nolen-Hoeksema, S, & Schweizer, S. (2010). Emotion-regulation strategies across psychopathology: A meta-analytic review. Clin Psychol Rev., 30, 217-237.
    107 – Gross, JJ (1998). Antecedent and response-focused emotion regulation: divergent consequences for experience, expression, and physiology. J Pers Soc Psychol, 74, 224-237.
    108 – Gross, JJ & John, OP. (2003). Individual differences in two emotion regulation processes: implications for affect, relationships, and well-being. J Pers Soc Psychol., 85, 348-362
    109 – Kassel, J., Bornovalova, M. & Mehta, N. (2007). Generalized expectancies for negative mood regulation predict change in anxiety and depression among college students. Behaviour Research and Therapy, 45 (5), 939-950.
    110 – Hu, T, Zhang, D, Wang, J, Mistry, R. et al. (2014). Relation between emotion regulation and mental health: a meta-analysis review. Psychol Rep, 114 (2), 341-.362.

    Deixe o seu comentário