10 curiosidades sobre Pablo Picasso
É inegável, ao falar de arte e cultura, não reconhecer o enorme talento que foi Pablo Picasso. Como tal, o melhor de 10 apresenta 10 curiosidades sobre este artista multifacetado.
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1. O nome completo de Picasso tem 23 palavras
Pablo Picasso foi batizado com o nome de Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de Santísima Trinidad Mártir Patricio Clito Ruíz y Picasso. Este nome engloba nomes de vários santos e parentes. O seu nome final “Picasso” é da sua mãe, Maria Picasso y Lopez, sendo o seu nome inicial “Pablo” do seu pai que se chamava José Ruiz Blasco.
2. A sua primeira palavra foi “Lápis”
Como se Picasso já tivesse nascido um artista, a sua primeira palavra foi “piz”, se escrever a palavra espanhola para “lápis”. Seu pai Ruiz, um artista e professor de arte, começou a educá-lo, orientando para a arte a partir dos 7 anos de idade, sendo que aos 13 anos, Ruiz prometeu desistir da pintura ao sentir que Pablo o havia ultrapassado.
3. Primeira pintura aos 9 anos
Com 9 anos, Picasso completou a sua primeira pintura: Le picador, um homem andando de cavalo numa tourada.
4. Um aluno terrível
Picasso foi brilhante, estando, artisticamente, anos à frente de seus colegas de turma, que eram todos cinco a seis anos mais velhos. Porém não gostava que lhe dissessem o que tinha de fazer e foi muitas vezes de castigo.
“Por ser um estudante ruim, fui jogado no “calabouço” – uma sala com paredes caiadas e um banco para se sentar. Eu gostava de lá, porque levava um bloco de esboço e desenhava incessantemente … Eu preferia ficar lá para poder desenhar sem parar ” (Pablo Picasso)
5. Picasso e o roubo da Mona Lisa
Em 1911, a famosa pintura Mona Lisa de Leonardo da Vinci foi roubada do Museu do Louvre. O assaltante conseguiu entrar no Louvre e sair com a pintura de Da Vinci com o mínimo de preparação. Todavia, tal feito causou, na altura, muito furor por se tratar de uma das melhores pinturas de sempre, e criou-se um ícone. O roubo do quadro aconteceu numa segunda-feira, no dia 21 de agosto de 1911, um dia em que o museu estava fechado.A sua ausência só foi notada na terça-feira.
A polícia começou uma investigação e o centro esteve fechado durante uma semana, devido ao escândalo verificado. A polícia seguiu muitas pistas sem sucesso, sendo de salientar que durante este processo o poeta vanguardista Guillaume Apollinaire chegou a ser preso por uma semana e o seu amigo, o pintor espanhol Pablo Picasso, também foi suspeito do roubo. Ambos eram inocentes.
Existe um filme intitulado “Picasso e o roubo da mona Lisa” realizado e com argumento do Espanhol Fernando Colomo, que retrata a vida boémia de Picasso e seus amigos em Paris, a amizade entre Picasso e Apollinaire, abordando também com toques de humor o roubo da Mona lisa.
6. O mestre Paul Cézanne
Em 1943, Pablo Picasso declarou ao fotógrafo George Brassaï que o artista Paul Cézanne era o seu único mestre.
Para Picasso era muito importante, tendo-o influenciado grandemente, a insistência de Cézanne em refazer a natureza de acordo com um sistema de formas básicas. Na obra de Cézanne, Picasso encontrou um modelo de como retirar o essencial da natureza de modo a conseguir uma superfície coesa que expressasse a visão singular do artista. Em 1907, Picasso começou a experimentar as técnicas de Cézanne ao lado de outro artista Georges Braque. Cézanne foi uma referência constante para os dois artistas durante esse período, tendo sido fundamental para a invenção do cubismo em 1909.
Ao longo da evolução estilística de Picasso ele continuou a recorrer e reinterpretar a arte de Cézanne. De acordo com o mesmo “O que atrai a nossa atenção é a ansiedade de Cezanne. Esta é a lição a se aprender “
7. O consumo de Ópio
Picasso, durante os seus primeiros anos em Paris, quando trabalhava no atelier da Bateau-Lavoir, foi um grande consumidor de ópio, fumado em grandes cachimbos. A droga era muito comum nas festas promovidas entre a comunidade artística da altura. Contudo, quando um artista alemão local, Wiegels, morreu devido ao uso desta substância, todos decidiram que era hora de acabar com a prática.
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8. Fuga à Gestapo
Picasso, simpatizante da Resistência e amigo de célebres esquerdistas, escapou da Gestapo, a polícia alemã, durante a ocupação nazista na França. De acordo com as palavras do escultor alemão Arno Breker, escultor “oficial” do regime de Hitler, foi graças à sua intervenção. Por outro lado Jean Cocteau, refere que pediu para que Breker intercedesse e garantisse que Picasso fosse poupado.
Porém a história é outra, pois os nazistas sabiam que prender ou deportar uma celebridade do nível de Picasso provocaria um enorme escândalo. Mesmo assim, alguns alemães arriscavam-se ao ir visitar galerias com seus quadros e conversar com o artista.
A pintura ” A familia Soler”, como vemos abaixo, foi uma das obras famosas de Picasso, censuradas pelo regime de Hitler.
9. Quatro mulheres «ao mesmo tempo»
Durante um tempo Picasso teve quatro mulheres “ao mesmo tempo”. A sua esposa oficial (já que não se tinha conseguido separar oficialmente por questões judiciais) Olga, a jovem Marie-Thérèse, Dora Maar e a bela Françoise Gilot que foi a que na altura conquistara o coração do pintor e com a qual teria dois dos seus filhos. Todas sabiam da existência umas das outras. Picasso manipulava a esposa e amantes de acordo com suas conveniências. Porém era Françoise que ocupava o lugar de destaque na sua vida.
10. Picasso Poeta e Dramaturgo
Depois de se aventurar na poesia, marcadamente surrealista, na qual se destaca o seu livro “Pedaço de Pele”, Picasso iniciou-se no teatro. Em janeiro de 1941, escreveu a peça “O desejo pego pelo rabo” (no original, “Le désir attrapé par la queue”). Em março, o etnólogo Michel Leiris promoveu em sua casa uma tertúlia de leitura dramática, que reuniu um elenco de relevo na altura, como Albert Camus, Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Jacques Lacan, Brassaï e Georges Braque, entre outros.
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